O bullying é um tema debatido e reconhecido em nossos dias, e sabemos que crianças sofrendo bullying podem ter o rendimento escolar prejudicado ou ter prejuízos maiores no desenvolvimento de suas habilidades sociais. Mas como saber se uma criança próxima a nós está sofrendo bullying?
É muito importante os pais, educadores e adolescentes conscientes ficarem por dentro de conhecimentos sobre o que o bullying pode causar. Os adolescentes começam com brincadeirinhas leves, “zoações” e partem para preconceitos se aproveitando de vítimas frágeis. A Organização Mundial de Saúde calcula que metade das crianças do mundo já tenham sofrido bullying.
As consequências de um episódio de bullying podem ser tão graves que tentativas de suicídio, episódios de depressão e até de evasão escolar estão crescendo assustadoramente.
Enquanto psicóloga especialista em educação quero deixar hoje algumas orientações para pais e adolescentes passando por episódios de bullying, pois este pode causar danos emocionais sérios para crianças e adolescentes.
AFINAL O QUE É O BULLYING
E QUE FORMAS EXISTEM?
Bullying: define-se por agressões verbais e físicas, ou psicológicas, atitudes ameaçadoras feitas repetidas vezes intencionalmente por um ou mais alunos contra um aluno ou mais colegas. Afetando a aprendizagem e desenvolvimento de crianças e adolescentes causando emoções negativas e até patológicas.
Hoje temos a lei 13.185, criada em seis de novembro de 2015, que está em vigor para proteger vítimas que sofrem, instituindo o programa, Combate à intimidade Sistemática, o bullying.
O bullying pode se dar de várias formas, sendo sempre intimidativo e sistemático:
Físico: violência física, chutar, bater, repetidas vezes.
Psicológico: o agressor amedronta, aterroriza, inferniza, manipula e chantageia.
Moral: difamação, calúnia, insultos falado por alguém.
Verbal: apelidos, insultos.
Sexual: assediar, seduzir, abusar de alguém.
Social: ignorar, excluir, constantemente um colega no convívio social.
Material: roubo, furto ou destruição dos pertences de alguém.
Virtual: humilhar colegas, seguir pelas redes, intimidade, falsificar fotos dados pessoais, conhecido como cyberbullying.
CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA
E ADOLESCENTE AGRESSOR
Você deve estar se perguntando: O que faz uma criança ou adolescente se tornar um intimidador de outras crianças e adolescentes?
Te respondo que provavelmente a criança agressora já foi vítima de alguma ação agressora, por ter recebido uma educação pessimista, crescendo em um ambiente hostil, onde não teve uma estrutura familiar bem formada.
Por isso, os agressores também precisam de ajuda. Muitas das vezes a fala da criança ou adolescente agressor é cheia de conflitos que estão vivenciando em casa, podemos acolher sentando e conversando com eles, ouvindo seus sentimentos, ajudando, e mostrando que não é através da violência que eles vão conseguir resolver seus conflitos emocionais.
Uma criança ou adolescente que prática o b
ullying procura demostrar seus conteúdos agressivos se aproveitando da fragilidade da vítima, até porque muitas vezes recebem o mesmo tratamento de pessoas que tem poder sobre elas. Os agressores vem de famílias desestruturadas, tem comportamento antissociais, por falta de limites, modelos educativos, que os levam para essa vida social. Sentem prazer com essa situação, não sente receio com prejuízo que pode causar a vítima.
O agressor, são manipuladores, durões, agressivos, arrogantes, valentões, cruéis tem comportamentos autoritários e agressivos.
Perseguem, amedrontam, dominam, empurram, colocam apelidos, discriminam, porque querem se sentir o mais popular, obtendo assim uma boa imagem de si mesmo, levando a praticar repetidas vezes a agressão, tornando uma tortura psicológica para a vítima. O agressor fica sempre atrás de vítimas que demonstram fragilidades.
Os intimidadores sistemáticos tem maior possibilidade de envolvimento com gangues, porte de armas, tráfico de drogas, abusam de álcool e drogas. Importante também sensibilizá-los de forma positiva. Com o tempo os agressores podem se envolver com o grupo aprendendo a usar a empatia para entender o quanto o outro sofre diante de sua agressão.
10 SINAIS
DE QUE SEU FILHO PODE
ESTAR SOFRENDO BULLYING
É muito Importante os pais sempre ficarem atentos se houver mudanças de comportamento dos seu filho, observar sempre as atitudes deles, observarem suas pesquisas no momento que se isolou no seu quarto ir averiguar o que ele está fazendo, sempre ficar alerta se tem alguma suspeita que seu filho possa estar sofrendo bullying.
O diálogo continua sendo a melhor maneira de poder ajudá-los. Mostrar sempre participação na escola para monitorar o ambiente que seu filho frequenta, procurando conversar com professores, educadores como está o comportamento e rendimento escolar de seus filhos.
1- ISOLAMENTO SOCIAL
Seu filho evita ficar próximo dos colegas da escola, preferindo ficar perto dos adultos como professores, educadores sentindo-se protegido.
Em alguns momentos é comum querer ficar sozinhos nos afastando um pouco do cotidiano, mas quando ocorre isolamento indefinido a pessoa evita qualquer tipo de contato sem motivo, pode ser sintoma de alguma acontecimento traumático, como ter sido vítima de bullying.
2- QUEDA NO RENDIMENTO ESCOLAR
A vítima não consegue concentrar nas atividades em sala de aula, perde o interesse pela escola, causando deficit de concentração e aprendizagem, gerando a queda no rendimento escolar e evasão escolar.
A vítima sente medo dos colegas, fica constrangido quando precisa ser participativo em alguma atividade pedida pelo professor, se negando a participar.
3- TRISTEZA
Em casa se sente choroso e triste, ficando em um estado constate de melancolia, falta de alegria. Fica fechado no quarto, não sente mais vontade de conversar com pais, nem participar das atividades que a família faz em casa, como por exemplo, uma festinha, e se nega a participar.
4- IRRITABILIDADE
O adolescente fica nervoso por motivos que antes não ficaria, mostrando revolta, mudanças repentinas de humor ficam frequentes causando um aumento exagerado aos estímulos do ambiente. Baixa tolerância a incômodos, tendo impulsos e descontrole emocional, ocorre um desgaste, intolerância podendo explodir por pequenos motivos, se afastando das pessoas.
5-NÃO QUER IR PARA ESCOLA
Dizendo, por exemplo, que está com dor de cabeça, e quando os pais forçam seu filho a ir, eles sentem medo de ir sozinho pedindo aos pais a acompanhar. Eles sentem medo, insegurança, por trás dessa recusa ao ir a escola podem existir situações que estão fazendo a criança ou adolescente perder o interesse.
Em uma conversa é importante os pais conversarem com seus filhos perguntando o que está acontecendo que não sente mais vontade de ir à escola.
6-APRESENTA HEMATOMAS
Nesse caso o agressor desrespeita, com possíveis agressões físicas, sendo perigoso para integridade da vítima. Se seu filho chegou em casa com uniforme sujo, rasgado com feridas no corpo, marcas, cortes, com seus matérias danificados ou sem seus pertences, então ele pode estar sendo vítima de bullying. Monitore de perto e converse muito com ele.
7- PERDA DE APETITE
O bullying pode gerar problemas pré-existentes, devido a perda de peso, apetite, devido a enjoos, tontura, vômitos. Seu filho nega, por exemplo, comer um sanduíche que gosta tanto.
8-APRESENTA SINTOMAS EMOCIONAIS
Baixa resistência imunológica e na autoestima, explosões emocionais violentas, raiva reprimida, comportamento violentos consigo mesmo, com os outros e o ambiente, stress, gerando transtornos psicológicos, fobia, ataque de pânico e ansiedade generalizada ou depressão.
9- NÃO TEM DESEJO DE SAIR DE CASA
Não sente mais vontade de jogar o futebol que tanto gostava, com medo de sair, passa a não ter muito contato. A pessoa se isola em casa de tal forma que é como se ela estivesse presa. Não sentindo desejo em ter contato com o outro, se precisar ir a outro canto da cidade não se sente seguro.
10- APRESENTAR BRINCADEIRAS DE PENSAMENTOS SUICIDAS OU HOMICIDAS
O adolescente vítima começa a ter pensamentos autodestruição, querendo acabar com a própria vida, pois não consegue achar saídas para seu sofrimento levando a tendências suicidas ou homicidas, como vemos casos em jornais no Brasil e exterior.
COMO LIDAR COM UM FILHO(A)
SOFRENDO BULLYING?
Conversar com seu filho, o diálogo é a melhor maneira de entender o que se passa com ele, adquirindo confiança, onde seu filho vai sentir acolhido e contar o que está passando.
Uma conversa sadia, repleta de positividade, estimulando seu filho a acreditar nele, mostrando que ele é capaz de enfrentar seus conflitos emocionais. Entender e aceitar, saber o tempo de sua mudança perante a problemática é fundamental, ter um tempo para educar é importante.
Compreendo que a vida hoje é muito corrida e os pais necessitam trabalhar para sustentar as despesas da casa, mas dedique um tempo do seu dia para seu filho, mesmo que seja uma hora, mas não deixe de educar. Se acontecer dos pais viajarem a trabalho, ou separados liguem mostre que estão longes mas seus filhos sempre podem contar com eles.
A presença é fundamental, através de um bom papo, vocês pais conseguem dar forças para seus filhos superarem o momento que estão passando. Importante também, sempre ir com frequência na escola, converse com professores, educadores, pedagogos e sempre fiquem atentos a comportamentos diferentes do seus filhos!
Na dúvida procure um profissional de psicologia.
ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA ONLINE
PARA PAIS E ADOLESCENTES
Procure um profissional de Psicologia ao perceber que seus filhos estão sofrendo Bullying.
A orientação de um psicólogo ajuda emocionalmente a enfrentar essa problemática, antes que cause traumas fortíssimos prejudicando-os na vida adulta. Podendo se tornar adultos inseguros, com medo de enfrentar o mundo e a vida social que o espera na fase adulta.
É muito importante que os pais conversem com seus filhos, inclusive com o agressor, conscientizando-os de que devemos ter respeito mútuo com nosso semelhante. Ensinando a se respeitar as diferenças.
Procurem sempre ir a escolar conversarem com professores, educadores para ficarem de olho no comportamento do seu filho. Pois as crianças e adolescentes muitas vezes sofrem calados por medos, vergonha e ameaças.
E se você leitor é pai/mãe/responsável e acredita que está precisando da orientação de um psicólogo, conte comigo.
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