Você conhece algum adolescente ou jovem que use drogas? Se sim me siga nessa leitura, a Psicologia tem muito a dizer sobre esse tema.
A dependência química entre os jovens nos mostra a quantidade de pessoas que experimentam drogas muito cedo e a facilidade a acesso a drogas que são ilegais no nosso país.
Há nisso uma quebra de limites e desordem na mente do adolescente. Enquanto psicóloga quero nesse artigo falar sobre o tema e poder informar tanto adolescentes que estejam sendo usuários quando amigos e parentes próximos que queiram ajudar um amigo.
O âmbito familiar sofre um grande impacto quando é identificado um adolescente passando pela dependência química. E é indispensável que o tratamento também abranja os demais membros para que seja bem elaborado e respeitado o papel da família no processo de tratamento do adolescente.
Mas do que estamos falando exatamente quando falamos de drogas?
Ao utilizarmos o termo “droga” estamos nos referindo aos produtos, às substâncias ou misturas psicotrópicas. Na definição da OMS (1981), drogas psicotrópicas
“[…] são aquelas que agem sobre o sistema nervoso central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora, sendo, portanto, passíveis de auto-administração”.
Essas substâncias se encaixam nos receptores dos neurônios de neurotransmissores (dopamina, acetilcolina etc.) e provocam efeito semelhante ao desses neurotransmissores, porém com colaterais.
Como exemplo de drogas de uso comum entre adolescentes podemos citar a maconha. Segundo o DSM-IV (2002) a maconha é a substância ilícita mais consumida no mundo e vem sendo consumido desde a antiguidade, por seus efeitos psicoativos, e como remédio por uma sucessão de condições médicas, incluindo controle de dor, estresse e ansiedade.
A PSICOLOGIA DA ADOLESCÊNCIA
Adolescência já por si é uma fase onde há maiores mudanças no ser humano e motivo também para trabalhar esse tema como forma de prevenção e ampliar o conhecimento sobre o tema.
Na atualidade considera-se o jovem um ser em construção que expressa sua identidade por meio de práticas sociais em busca por reconhecimento e integração grupal.
Na adolescência existem alguns conflitos para lidar com limites, conciliando a encarar novas exigências e regras, em especial sobre a convivência com a sociedade, família e grupo de amigos.
Minimizar essa importância é um grave erro que o adulto não deve cometer, porque o cérebro e a experiência de vida do adolescente ainda não estão completamente desenvolvidos.
Um problema que para você é uma partícula de poeira para eles pode ser um poço sem fundo. Utilize a empatia e reconheça o sofrimento, a necessidade de independência e a resolução dos problemas conforme a sua capacidade.
A maconha está entre as primeiras drogas experimentadas pelos jovens geralmente na adolescência. Como ocorrem com a maioria das outras drogas seus transtornos ocorrem mais frequentemente em homens, ocorrendo à maior prevalência entre os 18 e 30 anos de idade.
POLÍTICAS SOCIAIS E TRATAMENTO
A adesão para o tratamento de Dependência Química (DQ) se dá a partir do pressupostos, de acordo com estudos, da decisão de seguir um tratamento de saúde daqueles que procuram e envolvendo uma relação entre pacientes e profissionais.
O tratamento traz a necessidade de incluir toda a família no atendimento e o contexto de que o adolescente faz parte (amigos, escola e comunidade), com isso vários fatores protetivos podem ser revistos e favoreçam o desenvolvimento. E há quem percebe como questão de saúde pública, com destaque na saúde dos usuários, que envolve não apenas a abstinência total ou parcial das drogas, mas, principalmente, a redução de danos.
O consumo de drogas é, sem dúvida, um fenômeno de preocupação sócio-política e de saúde pública que afeta os mais variados sistemas sociais, como a família, as escolas, a polícia e o governo.
O que mais se destaca, neste momento, é o fato de que o aspecto humano do problema do uso de drogas vem sendo enfrentado com maior coragem e sob outra abordagem, mais direta, vencendo antigos dogmas, fundamentados em políticas de segurança pública de repressão, os quais constituíam verdadeiros obstáculos à solução eficaz da questão.
Sendo assim, o governo e a sociedade brasileira passaram a preocupar-se em promover ações de caráter abrangente e em desenvolver propostas de prevenção e tratamento mais adequados, com enfoque na saúde pública.
Para que os pacientes enfrentem os prejuízos decorrentes da DQ o tratamento busca, inicialmente, ao entendimento acerca da dependência e seus prejuízo na vida.
A partir daí, o tratamento visaria favorecer no paciente um processo de autoconhecimento e a busca por outras fontes de prazer.
COMO AJUDAR UM ADOLESCENTE
EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Existem formas de abordar esse assunto com os jovens, pois o uso é apenas uma consequência de algo mais profundo. Muitas vezes utilizo como em escolas o grupo para conversar sobre o assunto e quando ha necessidade de levar para o individual alguns jovem converso com os pais para trabalharmos juntos.
1
TRATE O ADOLESCENTE DEPENDENTE
COM HUMANIDADE
Uma pessoa com um vício é uma pessoa, e não apenas um dependente químico, alguns familiares excluem por causa da doença, mas esquecem que continua sendo a pessoa que conhecem, porém com alterações, necessitando de acolhimento e segurança.
2
NÃO SE TORNE ESCRAVO
DO DEPENDENTE
Há familiares que acabam por organizar suas vidas ao redor do dependente, tentando controlar os comportamentos do usuário. Outras vezes, os familiares tentam esconder o adolescente de outros membros da família.
A sugestão é que seja ampliado o diálogo para que seja bem pensando em qual melhor tratamento tomar. O problema deve ser encarado e confrontado de forma clara, transparente e objetiva.
3
BUSQUE AJUDA
PROFISSIONAL
Os familiares que frequentam o profissional de saúde especializado no tratamento das dependências químicas, são muito mais beneficiados com informações e sugestões, mesmo que em um primeiro momento o próprio usuário não queira se envolver em tratamento.
Os familiares realmente precisam de orientação. Na grande maioria das vezes, eles conhecem o inicio do problema, mas não conhecem as formas mais adequadas para lidar.
4
EVITE A CO-DEPENDÊNCIA
ELA PODE TE ADOECER
Parentes e amigos também adoecem no processo e chamamos essa doença de co-dependência, que também pode incluir outros comportamentos destrutivos. Mas há esperança. Se, por um lado, a dependência química é uma doença crônica (incurável), progressiva e fatal, a co-dependência não é incurável.
Os co-dependentes existem baseando-se nas dificuldades emocionais de cada individuo traz em si. Sem dúvidas, com boa vontade, coragem e tratamento, é possível sair desse círculo vicioso de culpa, tentativas frustradas de controle e autodestruição.
A co-dependência
é quando uma pessoa independente
suporta e incentiva a dependência do outro,
é também uma dependência
ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA
POR VÍDEOCONSULTA
PARA TEMAS DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Orientação Psicológica vem se mostrando eficaz para auxiliar nas reduções de danos causadas por diversas drogas, fazendo com que o adolescente volte a ter confiança na sua vida e melhorando seu espaço na sociedade e entre os familiares.
A rede de apoio que a terapia ajuda esse jovem a fazer é o que ele provavelmente vem pedindo há tempos, porém sem conseguir sozinho. Falta ação, motivação e sentido na maioria das vezes e com apoio de um psicólogo para entender seu anseios e medos isso se torna mais fácil. E se houver outras problemáticas no quadro do paciente há como durante as sessões investigar, encaminhar e acolher.
E hoje em dia é possível ter a orientação psicológica por vídeoconsulta. De dentro do conforto e privacidade da sua casa. Podendo abranger a família toda de maneira mais fácil por poder combinar horários alternativos.
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Volto em breve com mais informáticas sobre Dependência Química.
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