Neste artigo vou falar sobre a diferença entre a psicopedagogia e a psicologia. Quando procurar um psicólogo ou um psicopedagogo para seu filho(a)?
Quero refletir a diferença de cada um e dar dicas e orientações como psicóloga e também pedagoga, professora de ensino infantil até hoje, com experiência enquanto terapeuta e professora de educação infantil. Quando falamos da educação e desenvolvimento das crianças é importante sempre estarmos atentos e atualizados.
Os pais têm dúvidas na diferença entre psicólogo e psicopedagogo e ficam inseguros no momento de escolher o profissional mais adequado para atender a demanda do seu filho(a). Alguns iniciam sua consulta primeiramente com um pediatra, porém, como a questão não é médica, mas sim psicológica ou emocional, o ideal é procurar um psicólogo que atenda crianças, que através da ludoterapia, da psicoterapia infantil irá ajudar seu filho(a) a entender o que realmente está acontecendo com ele.
Alguns pais buscam a ajuda na escola. Algumas escolas possuem psicólogos outras o psicopedagogo. Por não saberem a diferença entre um profissional e outro confundem e ficam inseguros na escolha.
DIFERENÇA ENTRE
A PSICOLOGIA E A PSICOPEDAGOGIA
A psicologia é o estudo científico dos processos mentais e do comportamento humano. O psicólogo realiza o diagnóstico, previne e trata distúrbios emocionais e doenças mentais bem como pode ajudar no desenvolvimento pessoal através do desenvolvimento do autoconhecimento proporcionado pela terapia.
A palavra psicologia provém dos termos gregos psico (alma) e logía (estudo) – estudo da alma. Segundo o psicólogo austríaco H. Rohracher, psicologia “é a ciência que investiga os processos e estados conscientes, assim como as suas origens e efeitos”.
O psicólogo escolar atua em escolas, creches e pré-escolas e orienta os professores, alunos, pais e responsáveis a solucionar problemas cognitivos e comportamentais que podem estar atrapalhando o processo de aprendizagem. Por exemplo: O psicólogo escolar pode orientar os estudantes sobre qual a melhor carreira a seguir de acordo com o perfil de cada um.
Ele tem um papel muito importante na educação, atendem as relações interpessoais, a afetividade, o psicólogo entende e acolhe a criança orientando e fortalecendo suas relações. Enfim, acredita no potencial da criança e ajuda a desabrochar.
O psicólogo poderá orientar os professores o cuidado que se deve ter com o tratamento com seus alunos(as). É importante ressaltar que a maneira como se relacionam, professor e aluno vai definir o fracasso ou o sucesso da educação, ou seja, é necessário ouvir, conversar, procurar entender o outro para conseguirem criar um vínculo e fortalecerem a relação para obterem um bom resultado.
“O ser humano possui um importante valor…
Por mais que o rotulem e o avaliem, ele continua sendo,
acima de tudo, uma pessoa”
Carl Rogers.
PSICOPEDAGOGIA
Já o psicopedagogo tem a formação pedagógica com conhecimentos da aprendizagem escolar e o desenvolvimento humano. Investiga os problemas de aprendizagem. Realiza diagnóstico psicopedagógico relacionados as questões de aprendizagem escolar, aconselha e orienta os pais e as crianças nas questões pedagógicas.
Durante os acompanhamentos psicopedagógicos com a criança e também com os pais ou responsáveis será investigado através de técnicas e jogos educativos, visando entender qual a dificuldade que a criança apresenta.
O psicopedagogo muitas vezes necessitará do auxílio de outros profissionais, tais como: o psicólogo, o neurologista e o fonoaudiólogo para aprofundar o seu diagnóstico.
“A educação tem dois objetivos:
educar as habilidades e educar as sensibilidades.
Uma sem a outra não tem sentido”
Rubem Alves.
QUANDO PROCURAR UM PSICÓLOGO INFANTIL?
A criança poderá apresentar alguns sinais de que está precisando de ajuda psicológica e quanto mais cedo os pais e os professores perceberem, mais rápido a criança receberá a ajuda através do olhar clínico do psicólogo.
As pessoas às vezes pensam que procurar um psicólogo é sinal de fraqueza. Porém, a pessoa que procura um psicólogo consegue lidar com as situações estressantes do dia-a-dia com mais facilidade e tranquilidade.
Como muitas vezes os pais tem dúvida se devem realmente procurar um psicólogo, procuram outros profissionais como mencionado acima. É importante ressaltar que na hora de decidir, os pais precisam ter em mente que se a criança está em sofrimento e este sofrimento está prejudicando seu desenvolvimento escolar é hora de procurar um psicólogo.
A psicoterapia irá ajudar a enfrentar os conflitos que possam surgir e ajudará a melhorar os relacionamentos com as outras pessoas e consigo mesma.
Entendo que muitas vezes fica difícil para os pais decidirem e buscarem ajuda. Pois nem sempre estão preparados ou seguros de que é o certo a fazer. No dia-a-dia na escola procuro auxiliar e orientar os pais sempre que é necessário e desta forma vamos ajudando os alunos.
Vejo muitas vezes os pais inseguros na hora da despedida de seus filhos e isso deixa a criança insegura e consequentemente elas vão apresentando sintomas, dores de barriga, dores nas pernas, choram, ficam tristes e muitas vezes faltava um olhar profissional de um psicólogo que mostrasse para a família a importância da despedida quando o filho vai para a escola, pré-escola ou creche.
A importância de dizer que vai ficar tudo bem e que logo estarão juntos novamente. Os pais devem cumprirem com as combinações que foram feitas e, se não conseguirem cumprir devem conversar com a criança. Com pequenos cuidados é possível evitar problemas emocionais.
Importante destacar, que, durante a transição da criança para outra série ou outra escola, os pais devem ficar atentos aos sintomas que as crianças podem manifestar. Conversem com as crianças, apresentem a nova professora para seu filho(a) ou ainda leve a criança para conhecer a nova escola. E, se a transição não acontecer de forma natural após esses cuidados, é aconselhável procurar um psicólogo.
5 EM QUE MOMENTOS
EM QUE UMA CRIANÇA PODE PRECISAR DE TERAPIA
1
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
A criança pode estar apresentando dificuldades nas disciplinas, tais como português e/ou matemática, dificuldade de concentração, hiperatividade (TDAH), dislexia, dentre outros que interferem negativamente no rendimento escolar.
As dificuldades escolares podem acontecer no início da vida escolar da criança. É importante que os pais e professores observem o desenvolvimento da criança e o que está acontecendo na vida dela. Tal problema pode estar prejudicando seu aprendizado.
É importante que o professor perceba que algo está acontecendo, e dessa forma, converse com a criança, equipe diretiva da escola e com a família e juntos procurem o profissional que irá iniciar as investigações do que está acontecendo. O psicólogo terapeuta irá ajudar a criança nas suas dificuldades, irá auxiliar o professor a entender e apoiar o aluno na sala de aula.
2
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E PSICOPEDAGÓGICA
Geralmente a escola solicita avaliação psicológica e psicopedagógica para ter um laudo diagnóstico e iniciar o tratamento com o psicólogo e, se for o caso, com um médico pediatra para a medicação se houver necessidade.
A avaliação psicológica analisa as funções cognitivas, emocionais e comportamentais e acontece por meio de testes e encontros. Normalmente será verificado através dos encontros como está a atenção, a capacidade de aprendizado, capacidade de planejamento, habilidades motoras, linguagem, memória, entre outros fatores.
Já durante a avaliação psicopedagógica o profissional vai verificar se a criança sempre teve notas baixas, dificuldades de aprendizagem ou se é algo que está acontecendo agora. É importante observar se é uma situação passageira ou se existe algum fator que está atrapalhando o desempenho escolar.
A avaliação psicopedagogia verifica a cognição, ou seja, como a criança aprende; a leitura, escrita e compreensão do conteúdo; o raciocínio lógico; aspectos emocionais ligados à aprendizagem.
3
DIFICULDADES OU PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
A escola reúne crianças diferentes, alguns são calmos e outros mais agitados. E a escola deve estar preparada para receber as crianças de um modo geral. Muitas vezes, os professores e os pais não estão preparados para determinadas situações que acontecem na escola.
E, no entanto advertir as crianças de forma enérgica não é o mais indicado. É importante que o professor e os pais, conversem, procurem entender o que está acontecendo. Ao invés de gritar, abaixe-se, olhe nos olhos da criança e converse com ela, procure entender o que está acontecendo.
O diálogo é a melhor maneira de lidar com as dificuldades. Pergunte o motivo da desobediência, da birra, procure criar um vínculo com a criança. Talvez você não receba nenhuma resposta, mas a criança vai perceber que os professores e a família estão abertos para ouvi-la. Os adultos devem ter paciência, o fato de agir com cautela não significa que não seja criado regras e limites e que a criança não deva cumprir com as combinações realizadas na escola e em casa.
Dentre as dificuldades ou problemas de comportamento mais comuns encontrarmos a birra, mentiras, agressividade física e verbal. Muitas vezes a família não consegue dar conta da situação e sentem-se culpados. A psicoterapia mais uma vez ajuda nessas situações.
Terapia em família ou individual poderá ajudar. Os grupos de apoio podem ajudar e fortalecer o elo, a relação entre a criança e os pais, irmãos… Ou seja, a terapia irá ajudar a criança a viver bem com todas as pessoas com quem ela se relaciona. O acompanhamento psicológico irá ajudá-lo a conviver com todos à sua volta, amadurecer e desabrochar para a vida.
4
PROBLEMAS EMOCIONAIS
Muitas vezes as crianças ansiosas, roem unhas, comem roupas e brinquedos (mordem), apresentam medos, imaturidade, depressão infantil, dentre outras situações, tais como a enurese diurna ou noturna quando a criança faz xixi na roupa após o desfralde, e a encoprese, quando a criança não segura as fezes.
Outras vezes apresentam queixas psicossomáticas, dores de cabeça, em determinadas partes do corpo, enjoos, os pais levam aos médicos, fazem vários exames e a criança aparentemente está bem de saúde.
Estes são apenas algumas situações que demonstram que a criança não está bem e é o momento de procurar ajuda psicológica!
5
DIVÓRCIO DOS PAIS
Não é fácil para o casal, tampouco para os filhos que querem ver seus pais juntos. Para algumas crianças esse momento pode ser traumático e provocar sintomas emocionais, psicossomáticos que por vezes causam prejuízos para a criança e consequentemente para a família. Os pais precisam organizar os momentos que as crianças ficarão com cada um, semanalmente, quinzenalmente, isso vai depender da organização dos pais.
É importante informar a escola da separação dos pais, para que o professor fique atento a possíveis mudanças de comportamento e possa informar os pais sobre a mudança.
Procurem não mudar a rotina da criança. A criança não deve ser privada da presença dos pais, principalmente o que saiu de casa. Converse com seu filho(a), explique que a separação, ou seja, a ruptura da relação do casal não vai mudar a relação entre pai e filho(a), mãe e filho(a).
A procura por um psicoterapeuta vai ajudar a lidar com essa e outras situações. A criança vai aprender a lidar com suas inseguranças e a entender o novo modelo familiar.
“Durante a terapia, o sentimento de aceitação e de respeito do terapeuta
em relação ao cliente tende a transformar-se em alguma coisa que se aproxima da admiração.
À medida que vamos assistindo a luta profunda e corajosa que a pessoa trava para ser ela própria”
Carl Rogers.
DESCUBRA A VÍDEOCONSULTA
UMA MANEIRA PRÁTICA DE SE CONSULTAR UM PSICÓLOGO
No dia a dia do professor de Educação Infantil, verificam-se muitos desafios ligados a sua relação com as crianças, às famílias e mesmo com a equipe de trabalho, o que exige deste profissional uma gama de habilidades e capacidade de criação. Sou professora infantil desde 2011.
A terapia fará bem para a criança, para a família e para o professor que diariamente enfrenta muitos desafios.
A terapia permite mudanças minuto a minuto durante o contato terapêutico. Permite ao indivíduo ser ele mesmo, aceitar-se completamente, sem avaliação ou pressão para mudança. Ou seja, é uma oportunidade oferecida ao adulto ou à criança de poder crescer sob melhores condições.
A terapia infantil é sempre lúdica, ludoterapia, pois é o brinquedo o meio natural de auto expressão de toda criança. E ao libertar-se dos sentimentos através do brincar, ela conscientiza-se deles, esclarece-os, enfrenta-os e aprende a controla-los ou esquece. E quando atinge a estabilidade emocional, percebe sua capacidade para realizar-se como indivíduo, pensar por si mesma, tomar suas decisões e assim tornar-se pessoa.
Quando um cliente está aberto a sua experiência e o terapeuta confia no seu potencial, então o processo de mudança acontece.
Caso tenha interesse em marcar uma consulta, trabalho com sessões online aqui na plataforma online Terapia de Bolso. Acredito que esse artigo possa ajudá-los. O atendimento online é seguro e autorizado pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia). Acesse o meu consultório online e agende uma vídeosessão.
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