PSICOLOGIA DO FEMININO: A MULHER E A ACEITAÇÃO DO PRÓPRIO CORPO

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Vivemos em uma sociedade na qual a imagem tem muito valor. E se você é mulher deve saber muito bem que a cobrança em corresponder a um padrão de beleza é muito grande.

Padrão que na verdade é praticamente inatingível, pois geralmente nunca chegamos ao bom o suficiente, sempre existe um detalhe a ser melhorado, um quilinho a ser emagrecido, uns centímetros a mais ou menos nas medidas ou um procedimento estético a ser feito.

O fato da mulher não conseguir se adequar ao corpo dito como ideal, seja por motivos financeiros, genéticos ou pessoais, pode interferir na sua saúde mental, na sua autoestima.

Inclusive essa excessiva valorização da beleza pode chegar a níveis extremos, podendo contribuir para o desenvolvimento de distúrbios alimentares como bulimia e anorexia, além de poder causar alterações de humor, isolamento social e inclusive depressão e ansiedade. Essas questões não somente estão ligadas a autoestima como são fortemente influenciadas pela ditadura da beleza.

Se você é mulher já sofreu, sofre ou conhece alguém que sofre e faz auto-sacrifícios para se manter no padrão, venha comigo nessa leitura e vamos refletir sobre o tema da mulher e sua autoimagem corporal.

A CONSTRUÇÃO SÓCIO-CULTURAL
DO CORPO IDEAL

A COBRANÇA SÓCIO-CULTURAL
PARA CORRESPONDER A PADRÕES

 

A idealização dos corpos é uma construção histórica e cultural. Em diferentes épocas, é possível identificar diferentes tipos estéticos que eram mais valorizados, desdes corpos mais roliços aos mais magros, com seios menores aos seios siliconados, das barriguinhas mais proeminentes as barrigas chapadas. Assim, os padrões de beleza estão constantemente sofrendo mudanças, sendo influenciados tanto pelo tempo como pela cultura, de acordo com os modismo e costumes.

A questão é que nem de longe o padrão definido como ideal leva em consideração a diversidade tão característica do nosso país, com diferentes cores, biotipos, tipos de cabelo e etc. Justamente por não considerar a diversidade, esse padrão de beleza, muitas vezes é opressor e acaba influenciando diretamente no modo de vida das pessoas, inclusive em sua satisfação pessoal.

A realidade é que nos é cobrado um modelo estético praticamente inatingível. E na verdade essa é a intenção. Quando não estamos satisfeitos com nós mesmo, ficamos sempre em busca de alternativas para suprir o que nos falta e essa é a questão: as concepções de beleza estão diretamente ligadas ao consumo.

Maneiras para se chegar ao ideal de beleza são vendidas, produtos, fórmulas e procedimentos estéticos são apresentados como a solução para nossas insatisfações. E realmente, você pode se sentir satisfeito, porém acaba sendo momentâneo, pois a intenção é justamente promover o consumo. Compramos seja o produto ou a ideia, que nos é apresentado como referência, sem que na maioria das vezes nos questionemos a respeito. Somos induzidas a consumir cada vez mais e viver em buscar de um ideal, o que acaba influenciando no seu modo de estar no mundo.

Como resultado, durante essa busca, a mulher pode vivenciar um vazio existencial, perdendo o que lhe é original e vivendo em torno daquilo que lhe é ditado.

Assim, muitas mulheres se sentem infelizes com o próprio corpo, com seu reflexo no espelho e muitas ainda acabam tendo uma visão distorcida de si mesmas. Não reconhecendo quais são suas verdadeiras necessidades e desejos, chegando ao ponto de não conseguir encontrar nenhuma característica positiva em si mesma.

QUEBRANDO PADRÕES
EM BUSCA DA ORIGINALIDADE PESSOAL

 

A luta para manter sua singularidade, está relacionada a desenvolver um pensamento mais crítico e reflexivo perante a esses padrões estabelecidos, inclusive não só os estéticos mais também os comportamentais.

Sabemos o quanto é difícil a tentativa de se enquadrar nesses padrões e ter a coragem de quebrá-los também não é nada fácil, pelo contrário.

Você vai ouvir comentários e críticas? Com certeza. Eles poderão machucar? Talvez. Ainda somos humanas e é normal passar por algumas ou várias neuras em relação a nossa imagem. Mas, o que realmente interessa é que você se sinta bem consigo mesma e que entenda que a aparência não define caráter e nem a capacidade de ninguém. Todos somos diferentes e a diferença é o que nos faz ser únicos.

Tem se tornado mais frequente as mulheres que tem a coragem de assumir suas medidas, seus corpos, seus tipos de cabelo. E elas com seus exemplos, mostram que é possível sim, se amar e acreditar na beleza natural e encorajam cada vez mais, outras mulheres, a também se assumirem como são.

A seguir, preparei algumas orientações que poderão fazer você se sentir melhor com si mesmas e com seu corpo.

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ORIENTAÇÕES DE UMA PSICÓLOGA
PARA ACEITAR E LIDAR COM SEU CORPO

1
LIBERTE-SE DO PADRÃO

É a hora de se libertar das neuroses em relação ao seu tipo físico e parar de se comparar com padrões externos e de se sentir mal por ser como é.
Não se engane todos tem defeitos (inclusive os corpos e vidas perfeitas das capas de revista e do instagram).

Faça as coisas por você e para você, aprenda a se cobrar quando for preciso, mas sem culpa ou arrependimento, mais importante que a opinião dos outros é você se sentir bem e feliz!
Se liberte do padrão de corpo ideal.

2
NÃO COLOQUE A FELICIDADE
NA SUA APARÊNCIA

Não deixe de fazer algo por causa do seu corpo.
Jamais se limite em fazer algo por causa de sua aparência.
Você pode fazer o que deseja, desde que se disponha a isso.
É justamente seu corpo lhe permite isso, afinal é através dele que você se relaciona com o mundo e com todos ao seu redor.

Até por que seu corpo não define quem você é, é apenas um fragmento, e você é um todo composto de todas as suas qualidades, capacidades e valores!

3
DESENVOLVA AUTOCONHECIMENTO

Descubra seus desejos, suas vontades e seus limites, descubra o que te faz bem e o que não faz.
Saiba discernir se algumas mudanças estéticas são desejos pessoais ou para agradar outras pessoas.  

Reflita sobre o que pode ser melhorado e também saiba reconhecer o que é imutável.

4
APRENDA A GOSTAR DO SEU CORPO

Coloque em prática o amor próprio.
Perceba e admire todas as coisas positivas e lindas sobre você. Ao invés de focar nas críticas e buscar defeitos, dê ênfase as suas qualidades e valorize as partes que mais gosta em si mesmo.

Não tenha vergonha de si mesmo, interaja com as outras pessoas, sinta-se linda, ame-se. Seu corpo é um retrato da sua história, de tudo aquilo que você passou. Ele conta sua história ao mundo.

5
NÃO SE COBRE DEMASIADO

Não se sinta mal por não estar feliz com o seu corpo ou agir como isso não lhe afetasse. 
Por que afeta, as vezes magoa e até pode deixar triste.

Falamos na auto aceitação, mas não é para que você comece a se cobrar para que isso aconteça, a questão é justamente se livrar das cobranças.
Até por que, ela não acontece de um dia para o outro.

6
SE FOR PRECISO MUDAR
MUDE

Você pode se aceitar e mesmo assim ter algum projeto de mudança.
Se você acha que algo precisa ser melhorado e que isso lhe fará bem e mais feliz, corra atrás.
Veja o que pode ser feito, planeje, estabeleça metas e coloque em prática. Se você tem um propósito para realizar e enfrentar a mudança e realmente está disposta a isso.
Faça a mudança acontecer!

7
CUIDE-SE

Mais importante que um corpo perfeito é um corpo saudável e uma mente saudável.
A busca pelo corpo ideal pode estar além de questões estéticas, pode envolver questões de saúde seja física ou psicológica.
Não esqueça que existem profissionais que podem te ajudar.
Se alimente bem, pratique atividade física, faça terapia! 🙂

Jamais coloque sua saúde em risco para conquistar determinada aparência.
Tenha cuidado consigo mesma, se coloque em 1º lugar!

8
RESPEITE E APRECIE
A AUTENTICIDADE INDIVIDUAL

Muitas vezes nos percebemos criticando outra pessoas que assuma sua própria individualidade e isso pode nos fazer pensar o quanto nos cobramos a nós próprias.
Aquele clássico argumento: “trate o outro da mesma forma que você gostaria de ser tratado”.
Pense antes de comentar algo sobre a aparência de outra pessoa, o comentário é mesmo necessário? Como você se sentiria ao ouvir a mesma coisa?

Aceite e respeite outros e suas individualidades.
Essa atitude irá afetar positivamente as pessoas ao seu redor e consequentemente você também. Exerça a empatia.

9
BUSQUE
O EQUILÍBRIO NA VIDA

Corpo e mente devem estar em harmonia.
Encontre um equilíbrio entre o que você deseja e o que é necessário.
Aproveite a vida, faça coisas que você gosta, descubra atividades que te motivem.
Procure ter bons relacionamentos com a família e com os amigos.

Clique aqui leia também meu artigo sobre desafios e possibilidades da mulher moderna.

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CONTE COM A ORIENTAÇÃO DE UMA PSICÓLOGA

 

A questão é se você se sente bem gordinha, ótimo! Se prefere um corpo mais sarado, malhe! Se acredita que vai ficar mais bonita com um novo corte ou outra cor de cabelo, mude! Se prefere não usar maquiagem, ok! Mas, prefere estar sempre maquiada, ok também!

O importante é que você se (re)conheça e se empodere do seu próprio corpo, respeitando suas possibilidades, seus desejos e limitações, percebendo que a diferença e diversidade é algo positivo. E para isso é necessário que se desenvolva tanto autoestima quanto o autoconhecimento, diria inclusive que a autoestima só é possível a partir do autoconhecimento. O desenvolvimento de ambos é um trabalho diário e você pode contar o auxílio de um psicólogo.

Através de uma escuta especializada um psicólogo pode te ajudar a decifrar seus sentimentos, reconhecer e desenvolver suas potencialidades, refletir e descobrir novas possibilidades a partir de novos olhares, além de oferecer apoio para mudanças que considere necessárias.

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Meninas, me aguardem que volto em breve com mais reflexões e temas sobre a mulher de nossos dias 😉

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