Pare por um minuto e pense. Em que momento de sua vida você começou a ganhar peso e qual a real dificuldade de eliminar o que não te pertence. Quais as desculpas ou justificativas que você oferece a você mesmo?
Agora se você, por um breve momento, mudar sua forma de pensar, já imaginou que emagrecer pode ser uma aventura fascinante? E por onde começar, o que fazer, onde buscar ajuda? São tantas perguntas e as respostas normalmente são as mesmas “depende de você”.
Socialmente a obesidade está relacionada com a ingestão exagerada de alimentos, muitas vezes o indivíduo não tem noção desse comportamento, e de forma inconsciente utiliza essa gordura exagerada como um mecanismo de defesa. Normalmente é inconsciente e pode estar relacionada a fatores de sua vida, bloqueios podem surgir por medo, receio de vivenciar ou enfrentar a situação desencadeadora.
Preconiza-se muito que para emagrecer basta realizar atividade física e mudança de hábito alimentar, esquecendo que os motivos que levaram o indivíduo a esse excesso de peso, por muitas vezes, tem um fator emocional envolvido.
Não está errada essa visão inicial, todavia tratar a obesidade somente como má alimentação e falta de atividade física não resolve os fatores emocionais que levaram o indivíduo a esse processo de anulação pessoal. Por muitas vezes acaba se reforçando um comportamento negativo fazendo com que o obeso se sinta frustrado por não atingir os objetivos estabelecidos ou não mantenha por muito tempo o que está sendo proposto.
INCONSCIENTE E EMOÇÕES:
A relação com a obesidade
O fator determinante para o sucesso desse processo de emagrecimento é entender as emoções, o que faz com que a pessoa utilize o alimento físico de forma tão agressiva, que emoções estão presentes no ato de comer. Afinal o que está por trás desse quadro, o que levou o indivíduo a perder o controle de si mesmo, como ele lida com as emoções e situações de vida?
Em algum momento ele perde a noção do que está fazendo, os sentimentos são conflitantes e por ter a dificuldade de observar e entender o que está acontecendo acaba utilizando a comida como um refúgio de seus sentimentos.
“O corpo
é como uma
metáfora elaborada.”
Marion Woodman
(A Coruja era Filha do Padeiro – Ed. Cultrix)
A autora trabalha a questão da obesidade e das causas psíquicas e somáticas. Levanta a questão processo de individuação e processo de anulação pessoal.
Uma pessoa com quadro de obesidade de alguma forma tenta preencher um vazio, busca no alimento a resposta para as suas dores, frustrações, desilusões. Não entende porque tudo está dando errado, não enxerga o que está fazendo consigo mesma. Se anula para não ver os prejuízos em sua vida, sente-se incapaz de mudar, fraca, sem perspectiva, com isso busca soluções rápidas sem mudar o que está em sua alma.
Tenho consciência de que existem os fatores bioquímicos no corpo e que precisam ser tratados pelos especialistas. O ideal é que o trabalho seja realizado de forma multidisciplinar, um profissional precisa do outro para ter o sucesso dentro do processo corporal, mais sem o trabalho do psicólogo os fatores psicoemocionais e sociais interferem nos resultados esperados.
Com isso obeso fica tão preso em seu universo interior que por muitas vezes se coloca na posição de vitimizado, de doente, de fraco, de incapaz, permite ser julgado pelo outro e se fecha com medo ou receio de se assumir. De algum modo reforça de forma inconsciente sua incapacidade de mudar e de se enxergar, aumentando assim seu sofrimento psíquico.
FOME FÍSICA x FOME EMOCIONAL
Esse é o eterno conflito: “comer por comer” ou “comer por fome”. Em algum momento você já se perguntou qual a qualidade da sua fome? Em que momento ela aparece? Que tipo de alimento aparentemente irá me saciar? Tenho noção do que estou comendo?
São tantos questionamentos presentes que quando começamos a entender qual a qualidade da fome entendemos o que necessidade física e emocional.
O primeiro passo é ter a consciência de que não pode ficar sozinho nesse período de vida. A ajuda do psicólogo nessa fase faz com que as emoções sejam entendidas, compreendidas e trabalhadas de forma mais equilibrada. Afinal, se alimentar pelas emoções os problemas não serão resolvidos.
Comer sem fome – quando o indivíduo utiliza a comida como recurso para preencher fatores emocionais, não ficando saciado e quanto mais come mais fome tem, falamos de fome emocional. Nessa busca o obeso começa a procurar determinados tipos de alimento que lhe dão a sensação de prazer momentânea, de conforto, uma falsa saciedade, por que logo depois a fome chega novamente fazendo com que ele busque o mesmo recurso, criando assim um ciclo vicioso, compulsivo.
Marrion Woodman define de forma objetiva a relação do corpo com a psique: O corpo passa a ser um foco de sofrimento, uma forma de pedir socorro, um jeito doloroso de fazer com que o indivíduo em algum momento passe a prestar atenção em si mesmo.
Mas como a dor desse contato é muito desprazeroso mais uma vez “finge” que está tudo bem e de forma inconsciente mantém o mesmo padrão prejudicial. “Estou triste como, estou alegre como, estou entediado como, estou frustrado como”.
Por isso a necessidade do trabalho multidisciplinar, esse indivíduo precisa se sentir acolhido, por uma equipe. Esse não é o momento de cobranças e metas ilusórias e sim ajudar no processo de mudança. Fazendo com que ele mude sua forma de pensar e agir entendendo o que acontece em seu mundo interior, pois cada pessoa tem que ser tratada de forma individual.
Cada história é única e ele precisa se conscientizar de todo esse processo de individuação. Cada profissional envolvido tem que trabalhar o processo de emagrecimento respeitando o tempo da pessoa. O obeso precisa estar ciente que independente do resultado (sucesso ou insucesso) a equipe estará ali para ajudar mostrando que em todas as fases irão ocorrer falhas e sucessos, mais está dentro de algo que está em processo de entendimento e mudança.
O emagrecer dependerá muito da história de cada pessoa, da sua forma de entendimento, de aceitação, o que acontece em seu universo pessoal (consciente e inconsciente).
O trabalho do psicólogo é estar junto no contato consigo mesmo, mostrar que apesar do desconforto existe a necessidade de compreensão e entendimento das emoções que estão presentes no ato de se alimentar. É começar a mostrar que as emoções precisam ser vivenciadas e não oprimidas descontando assim no ato de se alimentar. Existe a necessidade de criar recursos, conhecer seus limites e acima de tudo reaprender a viver.
“Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuízos ao corpo,
da mesma forma que, inversamente um sofrimento corporal pode afetar a psique,
pois a psique e o corpo não estão separados, mas são animados por uma mesma vida.
Assim sendo, é rara a doença corporal que não revele complicações psíquicas,
mesmo quando não seja psiquicamente causada.”
Carl G.Jung
7 DICAS PARA EMAGRECER COM CONSCIÊNCIA
1
DESENVOLVA UM NOVO HÁBITO
Organize o cardápio da semana. Isso ajudará você a ter mais consciência sobre sua fome e emoções. Saia do piloto automático, o importante é você estar consciente e presente no ato de comer.
E no momento de se alimentar sente-se à mesa não mexa no celular, não veja televisão, crie um ambiente tranquilo, agradável.
2
ANALISE E REFLITA
ANTES DE COMEÇAR A COMER
Olhe como tudo está colocado (se o prato já estiver pronto, olhe com carinho os alimentos que ali estão – ele não é seu inimigo). Sirva-se com calma, coloque no seu prato apenas o necessário.
3
CONCENTRAÇÃO
Antes de começar a comer feche os olhos e respire fundo 03 vezes, sem pressa, essa movimento diminui a ansiedade. Se você for religioso aproveite para uma prece. O importante é fazer da sua alimentação algo mais saudável.
4
MOMENTO DE TRANQUILIDADE
Abra os olhos com calma, comece a se alimentar, leve o talher na boca e solte-o. Mastigue o alimento com calma e atenção.
5
DEDIQUE-SE A SABOREAR O ALIMENTO POR MAIS TEMPO
Sinta o gosto do alimento, faça tudo sem pressa. Tenha em mente que o momento é somente seu, e ele precisa ser respeitado.
Preparar o ambiente, colocar uma mesa, fazer uma boa comida, se sentar, ter esse tempo para você. Por mais corrido que seja seu dia-a-dia você é a pessoa mais importante nesse momento. O ideal é que uma boa refeição demore de 30 minutos a 40 minutos.
6
CONCENTRE-SE NA MASTIGAÇÃO
Mastigue devagar, engula, pegue novamente o talher, coloque o alimento nele, leve a boca e mais uma vez solte-o. Sinta a textura do alimento, o sabor, a temperatura. Mastigue sem pressa.
Valorize esse tempo. Mantenha essa postura até o final. A resposta é fascinante. Se dê uma chance diferente.
7
VOCÊ É O PRINCIPAL CONVIDADO
O ato de comer tem que ser um ritual, uma meditação, onde o alimento ingerido dará a sensação de saciedade. Ele tem que ser a fonte de energia. Comer por comer não resolve os problemas de sua vida.
Equilibrar o emocional, aprender a manter um foco, saber se posicionar perante as adversidades da vida faz com que você atinja seus objetivos pessoais e emagreça com saúde e consciência.
EMAGRECIMENTO E REEDUCAÇÃO ALIMENTAR
POR VIDEOTERAPIA?
Muitas vezes nos sentimos inseguros, com medo de julgamentos, vergonha por não estarmos bem com o nosso corpo e mente, falta de tempo. Utilizamos várias desculpas para fugir de nós mesmos.
Com o avanço tecnológico os recursos estão muito mais próximos. A busca por ser entendido, compreendido fica mais fácil quando utilizamos a internet como uma facilitadora.
Utilizar a videoterapia é a oportunidade de encontrar um profissional qualificado para seu problema. A qualidade do atendimento, o sigilo será mantido, pois mesmo sendo utilizando o recurso virtual à prioridade é sempre manter a integridade e qualidade nos atendimentos.
A vantagem é que você estará em seu ambiente (zona de conforto), fica mais tranquilo para expor o que está realmente incomodando.
Vou te fazer um convite: Conheça meu consultório online, permita-se mudar sua vida, busque oportunidades de fazer a diferença. Com apenas um click você tem a chance de realizar a maior aventura de sua vida – Conhecer você mesmo.
Seja bem-vindo.
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