O PAPEL DA RESILIÊNCIA NO ENFRENTAMENTO DA ANSIEDADE

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A ansiedade é comum a todos as pessoas e a prova disso é que em algum momento de nossas vidas já nos sentimos ansiosos por algum motivo. E se repararmos até nossos animais de estimação ficam ansiosos, às vezes.

A ansiedade tem se tornado mais expressiva ultimamente e os últimos estudos realizados têm evidenciado que ela atinge todas as classes sociais e pessoas de qualquer idade. É comum vermos em nossa sociedade crianças desenvolvendo transtorno de ansiedade em ambiente escolar, assim como jovens em ambiente familiar e acadêmico e adultos em ambiente profissional.

Pesquisas recentes mostram um aumento no número de pessoas acometidas por transtornos de ansiedade nos últimos anos, sendo que entre elas ressaltam-se um maior número de mulher e jovens. Mas ainda é visível que a maioria dos casos de transtorno de ansiedade não são diagnosticados, pois as pessoas não o notam como sendo preditor de problemas de saúde que se desenvolvem a seguir.

Por isso é importante lembrar que se não cuidarmos da nossa ansiedade e não aprendermos a lidar com ela, poderemos desenvolver diversos problemas de saúde física, decorrentes da sobrecarga em nosso organismo.

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A RESILIÊNCIA E COMO ELA NOS AJUDA

 

Resiliência é a capacidade de passarmos por fases difíceis, onde a ansiedade impera, sem sofrer sequelas, por assim dizer. Nos parece um assunto pouco tratado atualmente, mas diria que de grande importância para nosso desenvolvimento no dia a dia. A resiliência nada mais é do que uma resposta que geramos, como forma de nos adaptarmos a situações que são  para nós traumáticas ou adversas.

Traumas são considerados situações que nos foram/são perturbadoras a tal ponto que sentimos seus efeitos negativos por um longo período de tempo, ou seja, podem ser situações como violações, divórcio, grandes mudanças, incertezas do futuro, situações de humilhação e até mesmo vivência em situações de guerra. Assim sendo, quando passamos por uma situação difícil, geramos uma resposta adaptativa a esta situação de trauma.

Mas como sabemos se uma pessoa é ou não resiliente?

Nossas memórias são por hábito executadas pelo sistema neurobiológico, onde são mantidas de forma adaptativa, sendo as informações guardadas junto as demais memórias e possuindo a mesma facilidade de acesso.

Mas, como nem tudo são flores, algumas destas experiências traumáticas, por nós vividas, acabam por ser armazenadas de uma forma que bloqueia o seu processamento adaptativo, ou seja, devido a esta “falha” é possível que esta experiência continue sendo vivenciadas no aqui e agora sob a forma de pensamentos e sentimentos fortemente reais a ponto de nos dar a impressão de que foram vivenciadas em um passado muito próximo e demasiado perturbador.

Vemos então que o processo da Terapia Cognitiva Comportamental-TCC nos dá imensa base de trabalho quanto à resiliência, e aqui reforçamos a importância do trabalho terapêutico e construção de uma nova pessoa, em seus diversos aspectos da personalidade, resultando em um ser mais resiliente no decorrer deste processo.

 

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8 DICAS
SOBRE COMO UTILIZAR A RESILIÊNCIA
PARA CONTROLAR A ANSIEDADE

1 – COMUNICAÇÃO

 

Busque melhorar sua comunicação e torná-la o mais assertiva possível. Inicialmente observe a sua forma de se comunicar e verifique o quão próximo pode estar da assertividade, lembrando que esta encontra-se no meio termo entre a passividade e a agressividade verbais.

2 –  PLANEJAMENTO

 

Tenha sempre um objetivo e no mínimo um plano A e um plano B para desenvolvê-lo.

Comece por escrever 10 objetivos que pretende atingir, em seguida enumere-os por ordem de importância e para cada objetivos pontuado, desenvolva um plano A e um plano B para executá-lo.

3 – SOCIALIZAÇÃO

 

Mantenha e aumente sua rede de contatos, as relações interpessoais são de grande importância.

Busque conhecer novos lugares, sair para passeios diversos pela cidade, conversar com as pessoas que compartilham destes mesmos gostos, assim estará automaticamente aumentando/criando uma rede de novos amigos.

4 – CONFIANÇA

 

Melhore sua capacidade de confiança em si mesmo, desenvolva seu poder de ser realista e não resista as mudanças.

Lembre-se que o auto cuidado é prioritário para melhorar nossa auto confiança, devemos sempre trabalhar nossa auto estima para estarmos bem conosco e assim facilitarmos o caminho à autorealização, trabalhando com a realidade e resiliência frente às mudanças.

5 – AUTOCONHECIMENTO

 

Cultive seu autoconhecimento, reforçando o item anterior, busque desenvolver-se, alinhando-se com sua fé, seus objetivos de vida e o preparo necessário para tal.

Conforme mencionado nos itens acima, quando aos poucos formos conseguindo colocá-los em prática, automaticamente estaremos adicionando novas informações em nossa “caixinha” do autoconhecimento.

6 – TERAPIA

 

Faça terapia, neste processo de melhoria é sempre importante estarmos bem conosco e nada melhor do que estar em dia com nossa terapia, não é mesmo?!

A terapia é a melhor prática para mantermos nossa saúde e bem estar em dia, afinal todos nós precisamos de “um Psicólogo para chamar de MEU”.

7 – SAÚDE FÍSICA

 

Para além do apoio e suporte emocional, mencionado no item anterior, é importante também estarmos em dia com nossa saúde física.

Portanto não esqueça de fazer os check-ups anualmente e de acordo com a solicitação do médico que vos acompanha.

8 –DETERMINAÇÃO E COMEMORAÇÃO

 

Determinação e comemoração são as palavras de ordem, com tudo posto, agora é só usufruir da sua nova capacidade de ser e comemorar!

“Bóra” colher os bons frutos que plantamos?

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A TCC ONLINE
COMO FERRAMENTA PARA RESILIR

 

Vale lembrarmos que a ansiedade bem dosada é de suma importância para nossas vidas, visto que ela nos mantêm sob aviso para enfrentarmos situações de perigo e demais ameaças à nossa sobrevivência.

Assim como a resiliência, sendo um valioso recurso de utilização em situações de vulnerabilidade e risco. Visto que se não houver tratamento, a medida que a ansiedade se torna maior, menos resiliente será o paciente, pois quando isso ocorre nossas crenças/pensamentos automáticos vão tornando-se mais e mais rígidos.

O alerta fica a todos nós, pois quanto mais rígidas se tornam as crenças/pensamentos automáticos, menos flexíveis estaremos frente as adversidades, ou seja, menor será a nossa resiliência.

Através das técnicas de TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) podemos trabalhar ambos os assuntos e realizar nestes casos a reestruturação cognitiva, ensinando o paciente a ressignificar suas crenças, objetivando que elas se tornarem menos rígidas e mais flexíveis.

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Tatiane Fidelis

Psicóloga Clínica, Doutoranda em Neurocognição e Afetividade e Mestra em Neurocoginição e Linguagem pela Universidade do Porto. Além de Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e em Transtornos Alimentares e Obesidade. Foco no controle de ansiedade (CRP 08/15051).

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